sexta-feira, 7 de março de 2014

Era domingo, e não pedia cachimbo. Pedia só pro bebê nascer...

O que mais acontecia aos domingos era ficar gente em volta do meu barrigão antes, durante e depois dos cultos. Eu ganhava tanto carinho... Ganhava cafuné... Ah, era tão bom... E, obviamente, tudo isso acabou 5 minutos depois que meu filho nasceu. Todos os carinhos e cafunés do mundo agora seriam pra ele. 
Enfim era dia 07, e tava muito, muito calor. Eu não aguentava comer mais nada e na última consulta soube que perdi 800gr. Deve ter sido algo mais do que isso, considerando que o bebê não parava de ganhar peso.
Fui olhar pela 15879154 vez a malinha dele. E aí uma amiga abençoada foi me perguntar se eu tinha lavado as roupinhas com sabão de coco. Oi?!?! Tem que lavar roupinha de nenê antes de usar?!?! É sério isso?! Bem... meu Pedro tá aí pra provar que ninguém morre se usar roupinha suja ao nascer. No dia seguinte eu completaria 41 semanas de gestação, e não ia fazer malabarismo no tanque meeeesmo! Aliás... 41 semanas e nada de ele nascer. Tava me dando uma aflição aquilo... Eu não queria fazer cesárea, mas meu hospedeirinho não dava sinais de desalojar.
Ele já mexia tão pouquinho dentro de mim que eu achava que alguma coisa tava errada. Tava nada, devia é estar um aperto enorme ali. Mas, por via das dúvidas, os plantonistas de maternidade enjoaram de ver minha fuça. Cada vez que eu cismava, corria pro hospital. Ouvia o coraçãozinho dele e voltava pra casa feliz. 
Mesmo com todo aquele peso extra e calor, eu só dormia se o Má passasse um braço por cima de mim. 
#há10anos

Nenhum comentário:

Postar um comentário